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Fotos: Arquivo Fuam

 

A Fundação Alfredo da Matta, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) encerra o ano de 2018 atingindo pelo segundo ano consecutivo, a meta de supervisionar todos os municípios amazonenses, ação prevista no plano de combate à Hanseníase no Estado.

Foram 67 viagens realizadas ao longo do ano, resultando em 5.261 exames dermatológicos, 1.883 consultas médicas dermatológicas e pelo menos 103 casos novos de Hanseníase identificados. Ao longo das visitas, também foram treinados e sensibilizados 2.556 profissionais de saúde que atuam nos municípios.

A supervisão e o monitoramento das ações de combate à Hanseníase são um conjunto de atividades realizadas quando da visita de equipes de profissionais – técnicos, enfermeiros e médicos – da Fuam nas sedes dos municípios. São realizados exames e consultas em pacientes e familiares; intensificação na busca ativa de novos casos, com os mutirões de saúde; monitoramento dos indicadores da Hanseníase; acompanhamento dos pacientes em tratamento ou já curados; realização de assessoria técnica aos municípios; treinamentos e capacitação de profissionais; promoção de cirurgias preventivas e reabilitadoras em pacientes de Hanseníase; avaliação do grau de incapacidade da doença em pacientes, além da realização de ações educativas.

Visitar cada localidade permite às equipes uma melhor avaliação da real situação da Hanseníase. As equipes verificam indicadores, orientam sobre a correta notificação de casos, dão suporte aos profissionais locais, colaborando de forma mais efetiva e garantindo ferramentas para um melhor planejamento de ações de combate à doença.

Números da Hanseníase no Amazonas – Em 2017 foram identificados em todo Amazonas 459 casos novos de Hanseníase. Dados parciais de 2018 indicam até o mês de novembro 370 novos casos da doença. Nos últimos anos nota-se uma redução da incidência de casos, passando de 44,3 casos novos por cada grupo de cem mil habitantes em 2000, para 11,3 novos casos para cada 100 mil habitantes, em 2017. A redução foi de 74,5%, número significativo, embora o Estado ainda seja considerado de alta endemicidade.